Prêmio Nobel de Medicina 2009

5 de outubro de 2009

Jack W. Szostak (Harvard) Carol W. Greider (Gerbil / ASA 3)

Elizabeth H. Blackburn (Gerbil / ASA 3)

Elizabeth H. Blackburn, Carol W. Greider e Jack W. Szostak receberam nesta segunda-feira (5) o Prêmio Nobel de Medicina por sua descoberta dos mecanismos de proteção dos cromossomos por meio dos telômeros. Essas estruturas de proteínas e DNA não codificante formam as extremidades dos cromossomos. Este é o 100º Nobel de medicina concedido. Ao todo, 192 cientistas já receberam o prêmio.
O trio trabalha nos Estados Unidos. Elizabeth pesquisa na Universidade da Califórnia; Carol, na Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins; Szostak, no Instituto Médico Howard Hughes, na Faculdade de Medicina de Harvard e no Hospital-Geral de Massachusetts.
Os telômeros atuam como dispositivo protetor embutido nos cromossomos. Em 1984, Elizabeth e Carol, então sua aluna, descobriram e batizaram a telomerase, enzima reguladora dos telômeros que já chegou a ser chamada de "enzima da imortalidade".
Mas a telomerase também está presente nas células cancerígenas (que têm uma capacidade ilimitada de multiplicação). Ou seja: a enzima da imortalidade também tem sérios efeitos negativos. Compreendê-la lança luz sobre o processo de envelhecimento e também ajuda na luta contra o câncer.
Em 1999, por exemplo, cientistas do Centro Médico da Universidade do Texas conseguiram matar células tumorais humanas inibindo a telomerase . Eles desenvolveram pequenos inibidores sintéticos antitelomerase. Quando esses inibidores foram introduzidos nas células cancerígenas, causaram encurtamento progressivo dos telômeros e, finalmente, a morte celular. O estudo, publicado em em dezembro daquele ano na "Proceedings of the National Academy of Sciences", validava a telomerase como alvo para drogas contra o câncer.

Segundo o Instituto Karolinska, que anuncia o prêmio, o trio "resolveu um importante problema na biologia". Ainda segundo a instituição, "as descobertas adicionaram uma nova dimensão ao nosso entendimento da célula, clarificaram mecanismos de doenças e estimularam o desenvolvimento de novas terapias".

Contribuições
Elizabeth e Carol identificaram a enzima telomerase, que forma os telômeros. Enquanto isso, pesquisas de Szostak e Elizabeth elucidaram de que modo o encurtamento dos telômeros está vinculado ao envelhecimento. Desde então, os estudos sobre a telomerase se transformaram em um dos campos mais disputados do desenvolvimento de novos medicamentos, principalmente para câncer, uma vez que, acredita-se, que a enzima exerce um papel ao permitir que as células tumorais se reproduzam sem controle.


Retirado do G1(Globo) Ciências

Quantas células tem o cérebro humano?

16 de agosto de 2009




Uma equipe de neurocientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro devolveu ao cérebro humano ao devido lugar a que esse órgão pertence por direito: à ordem dos primatas, em uma posição sem nada de muito extraordinário do ponto de vista da evolução. Fizeram isso quantificando, por meio de um "dogma" as páginas dos livros sobre o tema. Afinal, quantas células tem o cérebro humano?
O número agora confirmado por experimentos seria algo em torno de 86 bilhões. Portanto, vai pelo ralo aquela história de que somos muito especiais no quesito cérebro quando se leva em conta o tamanho do corpo - nosso cérebro pesa cerca de 1,5 Kg. No ano do bicentenário dos estudos do naturalista inglês Charles Darwin, esses resultados vêm como uma homenagem a um dos pais da teoria da evolução pela seleção natural: somos produto da mesma evolução que atuou sobre outros primatas.

Journal of Comparative Neurology v. 513 2009

Gene do esmalte... do dente!!!


A descoberta de um gene pode fazer com que, no futuro (esperamos bem próximo), os consultórios de dentista sejam locais dos quais a dor tenha esquecido o endereço. Pesquisadores da Universidade do Estado de Óregon (Estados Unidos) conseguiram isolar o gene responsável pelo crescimento do esmalte dentário, aquela camada mais externa, branca e dura dos dentes.
O Ctip2, que é um fator de transcrição (gene que controla a função de outros genes), tem um papel ligado ao sistema de defesa do organismo e ao desenvolvimento da pele e dos nervos.
Agora, foi descoberto que o Ctip2 é crucial na formação, no amadurecimento e no funcionamento adequado dos ameloblastos, as células que produzem o esmalte.
No futuro, dentes podem ser criados em laboratório. Para isso, seria necessário juntar o conhecimento atual sobre células-tronco com o controle do gene Ctip2. Daria também para reforçar a perda dessa camada ou restaurar os locais cariados ou obturados sem a necessidade de obturação.
O experimento foi realizado em camudongos modificados geneticamente para não ter o Cpit2.

PNAS, v. 106, n. 11

Qual o conceito físico de um freio com sistema ABS?


O sistema de freio com ABS baseia-se no conceito físico de atrito estático e atrito cinético. A física mostra que a força estática é maior que a força de atrito cinética. Isso significa que é preciso, por exemplo, aplicar uma força maior para começar a "arrastar uma mesa" do que para mantê-la em movimento.

Isso ocorre porque, antes da mesa começar a se mover, a velocidade entre a superfície de contato (os pés da mesa) e o solo é nula, e a força de atrito entre elas é estática. Quando a mesa começa a se mover, a velocidade entre as superfícies de contato deixa de ser nula e, consequentemente, a força de atrito entre elas passa a ser cinética.

O pneu de um veículo em movimento sobre uma pista gira sem deslizar. Dessa forma, a região do pneu em contato com o solo possui velocidade nula, e a força de atrito entre o pneu e o solo é a estática. Em uma frenagem brusca com com um sistema de freios convencional, o pneu pode ser travado pelo freio e começar a deslizar. Assim, a força de atrito estática entre o pneu e o solo se torna uma força de atrito cinética, fazendo com que o veículo não responda mais a uma tentativa de mudança de trajetória, por exemplo.

O sistema de freio com ABS mede constantemente a velocidade das rodas do veículo durante a frenagem, reduzindo a aplicação do freio na roda que apresentar travamento. Tal ação maximiza a força de frenagem por garantir que a força de atrito entre o pneu e o solo se mantém na condição estática.
Fabricio Pujatti ( Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade Federal de Minas Gerais)

Por que os PORÍFEROS são classificados como animais?




Inicialmente, foram consideradas plantas, pois não se compreendia ainda sua anatomia e fisiologia. No final do século 18, importantes naturalistas, como Lineu e Lamarck classificaram as esponjas como zoophyta (animais-plantas) ou pólipos (semelhantes a cnidários). Foi o naturalista inglês Robert Edmond Grant que, em 1836, criou o nome porifera por causa da presença de poros em sua superfície.


A posição do filo foi aceita apenas no início do século 20. A descoberta do fluxo de água através de seus canais inalantes e exalantes tornou claro seu modo de nutrição: filtração de partículas em suspensão na água, caracterizando-se como organismo heterotrófico, ou seja, que não produz seu próprio alimento. Mais recentemente, dados de biologia molecular também confirmaram essa posição do filo porifera.


Entre eles, pode-se citar a presença de genes envolvidos no processo de morfogênese, células de adesão (que promovem a ligação célula-célula e célula-matriz) e colágeno (proteína exclusiva dos animais).




Suzi Meneses Ribeiro ( Museu Nacional, Universidade Federal do Rio Janeiro)


Abril 2008

Quantas espécies de cobras venenosas existem no Brasil

19 de maio de 2009


No mundo existem cerca de 2930 espécies de cobras ou serpentes. No Brasil encontramos 321 delas (aproximadamente 10% do total), das quais apenas 36 são peçonhentas, que são divididas em duas famílias: Viperidae e Elapidae.

Na família Viparidae encontramos a jararaca, urutu-cruzeiro, jararacuçu, cascavel e a surucucu-pico-de-jaca; já na família Elapidae encontramos as corais verdadeiras.

A ocorrência de acidente com cobras está gerelmente relacionada a fatores climáticos e ao aumento da atividade humana no campo. O pé e a perna das pessoas são os locais mais atingidos, seguidos da mão e do antebraço.

É bom lembrar que, caso uma pessoa seja picada por uma cobra, não se deve fazer torniquete, cortar ou furar a região picada. A vítima deve ser mantida em repouso e levada com urgência para o atendimento médico.


Kathlen Fernandes Grego

Gripe Suína/ Influenza A (H1N1)

1 de maio de 2009




Influenza A (H1N1)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O virus da gripe suína (não o virus Influenza A/H1N1 que está actualmente infectando as pessoas) causa uma doença respiratória altamente contagiosa entre os suínos, sem provocar contudo grande mortalidade. Habitualmente não afecta humanos, no entanto, existem casos esporádicos de contágio, laboratorialmente confirmados, em determinados grupos de risco. A infecção ocorre em pessoas em contacto directo e constante com estes animais, como agricultores e outros profissionais da área. A transmissão entre pessoas e suínos pode ocorrer de forma directa ou indirecta, através das secreções respiratórias, ao contactar ou inalar partículas infectadas. O quadro clínico da infecção pelo virus da gripe suína é em geral idêntico ao de uma gripe humana sazonal. Os suínos podem igualmente ser infectados pelo virus da influenza humano, assim como pelo virus da influenza aviário e pelo suíno. Quando os virus Influenza de diferentes espécies infectam simultaneamente o mesmo animal (como por exemplo o suíno), podem "reorganizar-se genéticamente" e originar uma nova estirpe de virus, tal como aconteceu actualmente com a emergência deste novo virus circulante Influenza A/H1N1, composto por genes de origem aviária, suína e humana. Especificamente esta combinação, não havia sido vista até agora em humanos ou em suínos e a sua origem, onde e quando aconteceu é ainda desconhecida. O virus é transmitido de pessoa para pessoa, e o papel do suíno na emergência desta nova estirpe de virus encontra-se sob investigação. Contudo, é certo que não há qualquer risco de contaminação através da alimentação de carnes suínas cozinhadas.

Porque as árvores do Cerrado são retorcidas

15 de abril de 2009


A vegetação do cerrado é influenciada pelas características do solo e do clima, bem como pela frequência de incêndios. O excesso de alumínio provoca uma alta acidez no solo, o que diminui a disponibilidade de nutrientes e o torna tóxico para plantas não adaptadas.

Já outra hipótese propõe que o formato tortuoso das árvores do cerrado se deve à ocorrência de incêndios. Quando a frequência de incêndios é muito elevada, a parte aérea (galhos e folhas) do vegetal não pode se desenvolver e ele se torna uma planta anã. Pode-se dizer então, que a combinação da sazonalidade (diferentes climas nas estações), deficiência nutricional dos solos e ocorrência de incêndios determina as características da vegetação do cerrado.


André Stella e Isabel Figueiredo

Ciência Hoje - março 2008

O que são doenças auto-imunes


A auto-imunidade é uma forma patológica de um mecanismo natural do organismo, a resposta imune, cuja função é reparar tecidos lesionados, como o miocárdio após um infarto, e combater infecções por bactérias e vírus por maio de células e anticorpos.

Existem diversos fatores passíveis de desencadear as doenças auto-imunes. Os mais comuns são desequilíbrios hormonais, infecções e até uma predisposição genética, que, nesse caso, pode acelerar ou agravar a sua evolução.


Joseli Lannes (Instituto Oswaldo Cruz)

Revista Ciência Hoje - março 2008

Câncer, sexo e Darwin...

31 de março de 2009


O câncer, como doença humana, talvez tenha a idade da própria humanidade. Os registros históricos mais antigos, porém, foram encontrados em múmias egípcias com mais de 3 mil anos. A doença foi batizada pelo médico grego Hipócrates (c. 460 - c. 377 a. C.), que associou a forma dos tumores com as patas de um caranguejo e deu a ela o nome desse animal (carcinos, em grego, que equivale a cancer, em latim). A doença já era conhecida, mas só pode ter suas causas determinadas com a descoberta dos genes e do DNA.

O câncer pode surgir em decorrência de mutações no DNA de qualquer tecido. Quando as mutações afetam o genoma de células germinativas (espermatozóides e ovócitos), os defeitos são transmitidos para os descendentes. Esse é o câncer familiar. Fatores ambientais também podem gerar mutações no DNA e produzir o chamado câncer esporádico.

No caso do câncer esporádico, torna-se possível organizar campanhas preventivas, porque são conhecidas as causas. Já no familiar a coisa é mais complicada. Embora o acervo tecnológico atual já permita sofisticadas manipulações do DNA, ainda é muito difícil intervir no genoma dos gametas de pessoas afetadas para corrigir ou eliminar as mutações deletérias.

Normalmente, defeitos nos genes que podem levar seus portadores à morte são eliminados por meio da seleção natural. Mas, para que a evolução ocorra, as pessoas com essas mutações deveriam morrer antes da idade reprodutiva. Essa seleção seria claramente ineficaz no caso do câncer familiar.

Se de fato aceitamos plenamente os conceitos de Charles Darwin aliado com à biotecnologia da reprodução in vitro iminente, nossa opção para o futuro é restringir as relações sexuais puramente ao cenário recreativo.

Texto adaptado de Franklin Rumjanek ( revista Ciência Hoje - Março de 2009)

Ornitorrinco, uma ave, um réptil ou o que?

12 de março de 2009







Dizer que existe um bicho que tem bico de pato, rabo de castor, olhos de toupeira, cloaca de galinha, põe ovos de lgarto, mama, e, em vez de penas, tem pêlo. Parece até personagem de filme de ficção! Mas o ornitorrinco (Ornithothunchus anatinus) teve este misto de mamífero, ave e réptil comprovado agora pela genética. O genoma do ornitorrinco foi decifrado por uma equipe internacional. Números: 18,5 mil genes, 52 cromossomos, sendo que dez deles são sexuais (os seres humanos tem dois).



O genoma do ornitorrinco, um dos animais mais primitivos da Terra e encontrado na Austrália, Tasmânia e Nova Guiné, vai ajudar não só a entender como evoluíram os mamíferos, mas também na conservação dessa espécie, cujo parente mais próximo é a equidna, outro monotremado (ou seja, mamífero que bota ovo).



Descoberto há cerca de 200 anos, o ornitorrinco, quando levado pela primeira vez para a Europa, chegou a ser acusado de "truque de montagem" pelos cientistas. As fêmeas do ornitorrinco são desprovidas de útero e vagina, e suas glândulas mamárias não tem tetas. Os machos têm esporão vevevoso na pata traseira, cujo veneno é suficientemente forte para matar um cão.






Nature, 08/05/2008

Menina vê pela primeira vez após tratamento com células-tronco!!!

6 de março de 2009


Uma menina britânica de dois anos de idade que nasceu cega teve sua visão reparada após um tratamento com células-tronco.

Dakota Clarke nasceu com displasia septo ótica, uma deficiência rara no nervo ótico que provoca cegueira. ela foi submetida a um tratamento no hospital Qingdao, na china. O tratamento que custa mais de US$ 40 mil, utiliza células-tronco retiradas do cordão umbilical da criança injetadas na corrente sanguínea e corrigem as células danificadas.

Após o tratamento ela conseguiu ver contornos e cores dos objetos e distingir luzes à sua volta.

Por que a água, quando aquecida de 0ºC a 4ºC, contrai-se em vez de se dilatar?

24 de fevereiro de 2009


À pressão atmosférica normal ao nível do mar, o gelo comum é formado (a 0ºC) por moléculas de água organizadas em estruturas hexagonais, como favos de mel. Essas estruturas são criadas devido a ligações fracas entre os pólos positivos (hidrogênios) e negativos (oxigênios) de quatro moléculas de água. O interessante é que essa estrutura de "favos" do gelo apresenta espaços vazios entre as moléculas que a formam, fazendo com que o volume ocupado aumente, em comparação com a água líquida. Um volume maior no mesmo espaço significa uma densidade menor: no gelo, a densidade chega a 0,92g/cm³, enquanto a densidade máxima da água é 1g/cm³.

Acima de 0ºC e até 4ºC, a vibração térmica produzida pelo aquecimento leva ao progressivo rompimento das ligações fracas e ao colapso da estrutura hexagonal. Com esse colapso, os espaços antes vazios são ocupados por moléculas de água, o que causa a contração do volume e o aumento da densidade. Acima de 4ºC, a agitação das moléculas cresce e elas se afastam mais umas das outras, levando de novo a uma pequena redução de densidade.


Alexandre Mello (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas)

Por que algumas vezes observamos um aro ao redor do sol?







O aro observado ao redor do sol é um fenômeno óptico, e ocorre em função da presença de nuvens altas translúcidas chamadas cirrustratus, que são nuvens em forma de camadas, bem elevadas na atmosfera (cerca de 8Km acima da superfície, aproximadamente) e formadas basicamente por cristais de gelo. Esses cristais promovem a difração dos raios luminosos, desviando os raios de luz. Assim, formam o aro ao redor do sol, o halo.



Como esses cristais de gelo funcionam como pequenas lentes, o halo pode ser visto de diversas maneiras, dependendo da posição do observador, das condições da atmosfera e do desvio da luz. É comum, por exemplo, ver as cores do arco-íris no halo, devido a decomposição da luz na atmosfera. Em algumas situações, inclusive, o halo denuncia a presença de nuvens cirrustratus, pelo fato de serem quase transparentes. Algumas vezes, com espessuras um pouco maiores, essas nuvens fazem com que o céu fique com aspecto leitoso, parecendo um pouco esfumaçado.



Geralmente, as nuvens são formadas na vanguarda de um sistema frontal (que é o encontro de massas de ar distintas), sendo até indicadoras de mudança de tempo, como queda na temperatura e aparecimento de chuva. Porém, se uma massa de ar frio seguir para o oceano em vez de para o norte, embora as nuvens possam ser avistadas, não há mudança significativa no tempo nos dias seguintes. Como temos a atuação mais frequente de frentes frias desde o meio do outono até o meio da primavera, a ocorrência de halos pode ser maior.



Além de ser observado ao redor do sol, o fenômenos pode ser observado à noite, ao redor da lua.






Ricardo de Camargo (Departamento de Ciências Atmosféricas USP)

Galileu - Ano internacional da Astronomia

21 de fevereiro de 2009


Há 400 anos, um ex-estudante de medicina, nascido em Pisa (Itália), iniciaria, com a ajuda de um aparelho construído por ele, observações astrônomicas que ajudariam a moldar uma nova imagem do mundo.

Seus resultados eram mais do que originais. Eram sem precedentes. Transformariam os conceitos sobre a estrutura dos céus e suas relações com a Terra. Suas descobertas contribuíram para minar a primazia da concepção aristotélica do cosmo, baseada na beleza dos corpos celestes e na imutabilidade dos céus. Em longo prazo, suas ideias (sustentadas pela matemática) ergueram uma visão de mundo na qual se buscavam leis para os fenômenos naturais.

A ciência moderna começava a se consolidar. Seu nome: Galileu Galilei.

Uso da Maconha

Pessoas que fazem uso contínuo da maconha desde a adolescência têm mais chances de desenvolver psicoses, ter problemas pulmonares e cardíacos, largar a escola mais cedo, sofrer acidentes de trânsito, ser maus pais e de consumir drogas mais pesadas, como cocaína e heroína. Mesmo assim, um relatório feito por acadêmicos e assessores governamentais de currículos invejáveis vai sugerir que o Estado distribua a droga. E isso, será feito mês que vem, em Viena (Áustria). Pois enfatiza que a criminalização do porte causa danos sociais sérios e não reduz o uso.
Ainda bem que não é no Brasil!!!

Saliva, Diabetes e Autismo


É só um começo, mas parece promissor. Cientistas italianos descobriram proteínas anormais na saliva de crianças portadoras de autismo. Esse resultado possibilita, ainda em um futuro incerto, um diagnóstico mais prematuro (e, talvez, mais preciso) desse transtorno, caracterizado pela falta de interação social. O estudo foi feito com 27 crianças autistas e com um grupo controle sem a doença. Na mesma edição, a saliva volta à cena. No caso, o quadro em questão é o diabetes tipo 2, doença marcada por uma deficiência do organismo em queimar o açúcar. Os autores acharam um conjunto de 65 proteínas que aparecem com duas vezes mais probabilidade na saliva de diabéticos do que em pessoas sem esse quadro.


(Journal of Proteome Research, 02/01/09)

Carlos Chagas 100 anos da nova doença tropical

20 de fevereiro de 2009


Há 100 anos Carlos Chagas anunciava a descoberta de uma nova Doença Tropical

Em abril de 1909, o médico e pesquisador Carlos Ribeiro Justiniano Chagas (1878-1934) comunicou a descoberta, em Lassance, Minas Gerais, de uma nova doença tropical, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi (também por ele descrito) e transmitida por um inseto conhecidocomo barbeiro, que proliferava nas casas das populações pobres nas áreas rurais. O triplo descobrimento (vetor, patógeno e doença humana) foi comemorado como "grande feito" da ciência nacional e uma das glórias do Instituto de Manguinhos, do qual Chagas era pesquisador.

Retirado da revista Ciência Hoje.

Nova Síndrome

Uma nova síndrome que atinge membros superiores e inferiores deve entrar nos manuais e livros de medicina em breve. E isso graças a estudos feitos em uma família do Rio Grande do Norte por pesquisadores brasileiros.
O nome do novo quadro genético provavelmente soará complicado mesmo para especialistas: agenesia/ hipoplasia de fíbula associada a oligodactilia e outros defeitos. Esse conjunto de termos significa que o portador desse disturbio genético poderá ter, entre outras manifestações, ausência de dedos nos pés, unhas defeituosas e falta ou formação incompleta de dois ossos da perna, a fíbula e o fêmur.
Acredita-se que as causas podem estar ligadas a um gene autossômico (não ligado ao sexo) ou a problemas causados pela tradição de casamentos entre membros da mesma família.
A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade de São Paulo, da universidade Federal do Rio Grande do Norte, de instituições potiguares e da Universidade de Utah (Estados Unidos).

Retirado: American Journal of Medical Genetics

Quem vem primeiro: o OVO ou a GALINHA?

5 de fevereiro de 2009


Este é um problema retórico que aparece sem soluçao apenas se desconsiderarmos a evolução dos organismos como descrita por Charles Darwin há quase 150 anos. Antes que as galinhas surgissem, outros animais já se reproduziam por meio de ovos. Assim, o ovo, como estrutura reprodutiva, surgiu antes da galinha. Tendemos a pensar que a reprodução por meio de ovos, fora do corpo da mãe (oviparidade), seja rara entre animais. Na verdade, dar à luz filhotes vivos (viviparidade), processo usado por mamíferos, mas presente até em anfíbios e répteis, é a exceção entre os animais. É dentro do ovo que acontece o desenvolvimento do embrião (embriogênese). Após a eclosão, os animais crescem, amadurecem sexualmente e produzem mais ovos.


(trecho da revista Ciência Hoje)

Temperatura corporal do feto dentro do útero materno


A temperatura corporal humana média é de 37°C, e a do feto humano é superior à materna de 0,3 a 0,5°C. O aquecimento acima dessa temperatura pode pertubar o processo fisiológico normal do feto, causando, por exemplo, alteração de reações metabólicas ou da migração neuronal ou mesmo morte celular. As consequências são mais graves se essa mudança acontecer no primeiro e no início do segundo trimestres da gestação, quando se dá a organogênese, período em que ocorrem divisões e especializações celulares.

A elevação natural da temperatura do corpo da mãe é utilizada, em pesquisas, para estimar os riscos ao embrião causados pela elevação da temperatura fetal. Embora o risco seja muito pequeno no caso de elevações minímas de sua temperatura, nunca é igual a zero. A elevação estimada de 1°C acima da temperatura basal fetal durante cinco minutos tem risco de aproximadamente 0,004% para anomalias discretas e de aproximadamente 0,048% para anomalias maiores.

Estudos que avaliaram os efeitos da temperatura materna acima de 38,3°C, por pelo menos 24 horas, no primeiro e início do segundo trimestres, demonstram maior risco para anencefalia (ausência total ou parcial da abóbada craniana), microcefalia (menor crescimento cerebral) e deficiência mental.

Maria de Lourdes Brizot


(retirado da revista Ciência Hoje)

Fósseis do maior dinossauro brasileiro




As obras de duplicação da rodovia BR 050, em Minas Gerais, ajudaram, sem querer, a mudar a história da paleontologia brasileira. Durante escavações realizadas a 30Km do centro da cidade de Uberaba foram encontrados os fósseis de três indivíduos de uma nova espécie de dinossauro, o Uberabatitan ribeiroi, o maior já encontrado no Brasil. O Titanossauro tinha em torno de 20 m de comprimento, até 3,5 m de altura e um peso estimado de 16 toneladas. O estudo foi realizado por pesquisadores do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Museu dos Dinossauros de Uberaba e da Universidade Nacional do Comahue (Argentina). O período de escavação durou de 2004 a 2006 e a reconstituição do animal durou mais dois anos. Os resultados da pesquisa foram divulgados na revista inglesa Paleontology.




(Texto retirado da revista Ciência Hoje -vol 43)

Exercício e Memória

28 de janeiro de 2009


Pela primeira vez, estudo mostrou que atividade física melhora a cognição!

Fazer exercício físico melhora a memória? Parece intuitivo que sim! Pelo menos para os adultos maduros.

Na pesquisa 138 adultos, com mais de 50 anos, que relataram problemas com falta de memória (nada graves), foram divididos em 2 grupos. O 1º grupo praticou pelo menos 3 sessões semanais de 50 minutos de exercícios físicos, principalmente caminhada, durante 24 semanas. O 2º grupo era praticamente sedentário. Foram submetidos durante essas 24 semanas a testes padronizados para testar as funções cognitivas. E os que tinham praticado exercícios físicos tinham um desempenho superior aos sedentários. Os sinais de melhora permaneceram aparentes durante seis meses e se mantiveram por cerca de 18 meses.

Vamos fazer atividades físicas que sempre são boas!!!

Norte-americana dá à luz oito

Uma mulher deu à luz oito crianças na última segunda-feira (oito meninos e duas meninas), na cidade de Bellflower, Califórnia.
A expectativa dos médicos é que as crianças - que pesam entre 1,5 Kg e 2 Kg sobrevivam, mas enfatizaram que as primeiras 72 horas são cruciais.
Reportagem retirada do Diário de Pernambuco - 28/01/2008

Ouvir música em alto volume com fones de ouvido pode ser prejudicial?

27 de janeiro de 2009


Quando o nível sonoro ultrapassa de 85 decibéis (dB) que pode ser suportável por 8 horas diárias, é prejudicial!!! Em alto volume os fones podem chegar a sons com 120 dB volume maior que o som da turbina de um avião (110 dB), podendo causar as mesmas lesões provocadas por outros ruídos. Uma delas é a perda auditiva, e se nenhum cuidado for tomado quanto ao volume as lesões podem ser irreversíveis.

Comunicação entre esponjas


As esponjas marinhas produzem substâncias que permitem sua "comunicação" com o ambiente em que vivem!!!

Essas substâncias atuam de várias formas: defesa contra predadores, inibição de competidores e sinalização para outros organismos. Isso reforça a idéia de que a comunicação química é importantíssima no meio marinho. São consideradas também hotéis vivos, porque abrigam outros organismos nas suas cavidades. Esta comunicação facilita a vida dessas esponjas e sua relação com outros animais marinhos, como por exemplo: fazendo com que sejam atraídos outros animais para próximo delas, e ocorre uma defesa mútua.

Uso nobre da Gordura

O tecido adiposo descartado nas operações de lipoaspirações pode ter grande aproveitamento no tratamento de algumas doenças, uma vez que é rico em células-tronco mesenquimais (tem capacidade de se diferenciar em outro tecido). Os pesquisadores Radovan Borojevic e Maria Isabel Rossi, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, conseguiram cultivar in vitro essas células-tronco que são capazes de se transformar em células do tecido muscular, ósseo e cartilaginoso. Acreditava-se que apenas células da medula óssea eram fontes de células mesenquimais adultas. Essas células da medula óssea são encontradas ao redor de vasos sanguíneos, e as células do tecido adiposo também, por isso a pesquisa, que foi confirmada e apartir daí hoje se sabe que células-tronco mesenquimais podem ser encontradas em todos os tecidos.
(retirado da revista Ciência Hoje - Dezembro 2008)

É tempo de unirmos os pensamentos positivos para essas pesquisas tomarem um rumo cada vez maior para a cura de doenças cada vez mais fique proxima de toda a população!!!

Uma Pequena GRANDE revolução




Os impactos da nanobiotecnologia na saúde humana


Nanopartículas são pequenas estruturas que estão revolucionando o mundo científico em todas as áreas, e na saúde a revolução e contribuição está sendo muito importante na cura de doenças como o câncer.


Nanoprojéteis que atacam tumores, mas não intoxicam as células sadias; nanopartículas que atingem um local específico do organismo para administrar com precisão um fármaco.


No entanto, seu uso para a melhoria da saúde humana ainda é motivo de discussão em vários setores da sociedade. Como tudo que é novo causa discussão e um certo receio por parte da sociedade. (retirado da revista Ciência Hoje -

dezembro 2008)